A duplicação da BR-423, oficializada nesta quarta-feira (8), poderia ter ocorrido há pelo menos dois anos. Foi o que afirmou o deputado federal Fernando Rodolfo (PL), que esteve empenhando no tema desde 2019, quando assumiu o primeiro mandato. Segundo o parlamentar, o ex-governador Paulo Câmara, então no PSB, protelou o licenciamento da obra, para que o ex-presidente Jair Bolsonaro não assinasse a ordem de serviço.
“Através da articulação feita com a bancada pernambucana em Brasília, conseguimos incluir a duplicação da BR-423 na Lei das Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020. Depois fui diversas vezes ao DNIT, ao ministro Tarcísio e ao presidente Bolsonaro, que mandou licitar. Foram contratadas três empresas, que fizeram os projetos, e a parte ambiental foi para o CPRH, ainda em 2021. E o governador Paulo Câmara segurou esse processo para que a ordem de serviço não fosse assinada por Bolsonaro. O que só mostra o quão nefasto e mesquinho foi o governo do PSB nos últimos oito anos”, disparou Fernando Rodolfo.
O deputado ainda destacou o papel da governadora Raquel Lyra (PSDB) para a liberação do licenciamento, o que permitiu a assinatura da ordem de serviço para as obras. “Quando Raquel assumiu, coloquei a duplicação da BR-423 como prioridade da região do Agreste, ela anotou e começou os trâmites pra liberar a licença. Teve uma audiência pública em Lajedo que estive presente, e a licença foi liberada agora, mas teve todo um trabalho anterior que precisa ser destacado. Tem que ficar bem colocado para a história quem fez e quem não deixou as coisas acontecerem. Bolsonaro fez a parte dele com o projeto e a contratação das empresas, Raquel fez a parte dela liberando a licença, enquanto Paulo Câmara e o PSB não fizeram nada”, completou.
A duplicação da BR-423 envolve um trecho de 83 quilômetros, entre São Caetano e Garanhuns. A primeira etapa será feita entre São Caetano e Lajedo. A obra foi incluída no PAC do Governo Federal.