O clássico e o moderno se encontram na primeira noite do Pernambuco Meu País em Gravatá

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Gravatá foi tomada por uma explosão de ritmos e gêneros musicais na noite de estreia do Pernambuco Meu País na cidade nesta sexta-feira (26). A amálgama de influências culturais e a beleza dos ritmos percussivos do espetáculo Pernambuco Meu País, o groove indie pop dançante da baiana Rachel Reis, o brega característico do Estado de Tayara Andreza, e o pagode romântico anos 90 da consagrada banda Raça Negra.

Como já é tradição, o espetáculo Pernambuco Meu País abriu os trabalhos misturando diversos ritmos da cultura popular pernambucana com outras linguagens artísticas como circo, dança e artes cênicas. Com direção musical de Jam da Silva e direção coreográfica de Maria Paula Costa Rêgo, o espetáculo presta uma reverência a dois ícones eternos da nossa cultura: Naná Vasconcelos e Abelardo da Hora, homenageados do festival Pernambuco Meu País.

O espetáculo foi criado especialmente para o festival e traz em seu cerne referências às artes desses dois mestres pernambucanos. Na plateia da apresentação, Patrícia Vasconcelos, viúva e curadora da obra de Naná Vasconcelos assistiu pela primeira vez o espetáculo. Ela vibrou, se emocionou e celebrou o legado vivo do ex-marido. “Foi uma emoção indescritível, sou muito grata a todos da equipe do festival e aqueles que fizeram essa linda homenagem”, disse.

A baiana Rachel Reis se sentiu em casa em Gravatá. Nome em ascensão na nova cena musical brasileira e uma das maiores revelações musicais dos últimos tempos, a sereiona cumpre o que se espera de um show seu. Ela consegue embalar o público com seu mix de música baiana com elementos do pop mundial, afrobeat e MPB.

A cantora vem de uma família musical, Rachel é filha de Maura Reys, que fez sucesso nas cidades do interior da Bahia cantando seresta, e também é irmã da cantora de forró Sarah Reis. Ainda assim, se destaca pela originalidade e capacidade de misturar diferentes ritmos e estilos dentro do seu universo.
Rachel pôs todo o público para dançar um pagodão baiano, curtir agarradinho suas canções românticas e cantar junto seus hits, como por exemplo “Maresia”.

A cantora de brega pernambucana Tayara Andreza fez de Gravatá sua casa e lotou o Pátio de Eventos Chucre Mussa Zarzar e pôs todo o mundo pra dançar com o melhor do seu brega romântico.
Tayara desfilou hits, seus e do cancioneiro brega, para celebrar o gênero que é um dos alicerces da cultura pernambucana. Os fãs da cantora acompanharam em uníssono todas as canções da jovem estrela pop do brega.

Encerrando a noite numa apoteose de nostalgia e canções afetivas de todo brasileiro, o grupo Raça Negra deu uma aula de trajetória e repertório ao celebrar os seus 40 anos de carreira com o show.
Não teve um ser vivo que não acompanhasse a letra de pelo menos um dos hits da banda, ou que não balançasse a cabeça, ou apenas se mexesse durante as cerca de duas horas de show.

O vocalista Luiz Carlos estava em estado de graça, dançando com as bailarinas, contando histórias e interagindo sempre que podia com o público. O Raça Negra é uma das mais importantes bandas do pagode brasileiro e representa uma época em que o gênero era forte e conhecido em todo o país. É um daqueles clássicos que não tem erro.

Foto: Juana Carvalho

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