Pesquisa traça o perfil socioeconômico e estrutural do Centro de Caruaru

PUBLICIDADE

A CDL Caruaru divulgou uma pesquisa inédita acerca da percepção de consumidores, comerciantes, comerciários, ambulantes e turistas sobre aspectos estruturais, sociais e econômicos do Centro de Caruaru. Fatores como segurança, infraestrutura, entretenimento e lazer, limpeza e meio ambiente foram avaliados. A pesquisa foi encomendada à Ray Consulting, a partir de um planejamento que a CDL Caruaru realizou com a Agência Buzz Lab e a GNI – Gerar Negócios Inteligentes. O estudo está disponível no link https://cdlcaruaru.com.br/aspectos-estruturais-sociais-e-economicos-do-centro-de-caruaru/.

O presidente da CDL Caruaru, Rossini Batista, explica que a partir do panorama traçado, fica mais fácil entender e ter elementos substanciais para pensar em soluções para os problemas que afligem os que vivenciam a realidade local. “Diversos setores vão poder se pautar e desenvolver estratégias que possam não só atingir as atuais circunstâncias, mas também as questões potenciais, que possam vir a surgir se não houver as intervenções pertinentes”.

A pesquisa ouviu 808 pessoas entre os dias 21 e 30 de agosto. O estudo tem um nível de confiança de 90% e uma margem de erro de 5%. Pessoas entre 31 e 45 anos foram maioria (31,19%) do total entrevistado, seguidas da faixa etária de 21 a 30 anos (25,22%) e de 46 a 60 (24,88%), com menos de 20 anos (6,31%) e com mais de 60 anos (12,38%).

Guilherme Bastos, CEO da Ray Consulting, afirma que “a elaboração deste estudo exigiu uma amostra considerável, garantindo uma abordagem estatisticamente significativa. O perfil dos respondentes nos proporcionou uma visão precisa e representativa do público que frequenta a área em questão, garantindo a robustez dos resultados obtidos e assegurando uma precisão adequada para as conclusões extraídas”.

Ficou constatado que 78,71% dos entrevistados visitam o local pelo menos uma vez por semana. O percentual de pessoas com presença diária e semanal na localidade é ainda maior: 88,02%. Diariamente são 60,27%, semanalmente 18,44%, mensalmente 10,40%, raramente 10,64% e nunca 0,25%. A maioria dos respondentes é composta por locais (74,38%).

O levantamento aponta que, entre os entrevistados, os turistas (aqueles que passam ao menos 12 horas visitando a cidade) são os que têm o olhar mais positivo para o Centro de Caruaru. A maioria desses (uma média de 43,32% e de 25,37%) avalia a limpeza e a segurança do local como boas. Já os ambulantes (35,42%) e comerciantes (30,52%) são os que têm uma percepção mais negativa quanto ao fator segurança, o que pode estar relacionado à maior exposição aos riscos e à vulnerabilidade no exercício das atividades diárias dos dois grupos.

De forma geral, os diversos perfis aprovam (59,78% considera bom) o Centro quanto à qualidade e diversidade das lojas e serviços oferecidos; quanto à facilidade de deslocamento, um total de 48,39% afirma que é fácil se locomover pelo Centro. O percentual aumenta para 52,33% quando apenas a percepção dos consumidores é analisada, o que sugere uma experiência de mobilidade mais positiva para esse público.

Apesar da receptividade dos comerciantes ser considerada boa (por 50,58% dos entrevistados), um dos principais desafios apontados pelos consumidores é a dificuldade de encontrar estacionamento, fator que impacta negativamente a experiência de compra (um percentual de 73,26% dos consumidores considera difícil ou muito difícil). O acesso a informações sobre eventos e promoções no Centro (o que facilitaria a comunicação entre comerciantes e clientes, promovendo maior engajamento e fidelização) é outro fator que dificulta, segundo os entrevistados.

A segurança é uma preocupação geral, com quase um terço dos respondentes (29,07%), classificando-a como ruim. O meio ambiente é outro ponto que gera insatisfação, visto que uma parcela considerável o avalia negativamente (32,56% ruim e 33,72% regular). Os consumidores que frequentam o Centro de Caruaru têm uma percepção em geral positiva sobre a infraestrutura do local (38,37% consideram boa), especialmente no que se refere a calçadas, iluminação e sinalização. Quando se trata de opções de entretenimento e lazer, muitos apontam uma oferta insuficiente (29,07% consideram ruim).

Quanto à receptividade de comerciantes/donos de comércio, 60,46% dos consumidores consideram boa ou muito boa; quanto à facilidade de buscar informações de eventos e promoções, 47,09% consideram difícil ou muito difícil; no quesito mobilidade, 45,9% também consideram difícil ou muito difícil; com relação à infraestrutura (calçadas, iluminações e sinalização), 51,7% avaliam como regular/ruim; e quanto a opções de entretenimento e lazer, 57% avaliam como regular/ruim.

Problemas – Na média, o deslocamento (acesso ao Centro) não é visto como um problema (52,33% dos consumidores e 45% dos turistas avaliam como fácil ou muito fácil). Já o estacionamento é visto como um fator negativo (apenas 6,4% dos consumidores e 20,93% dos turistas avaliam como fácil ou muito fácil). A segurança é considerada um problema pela maioria, mas a taxa de limpeza é considerada boa. Já o quesito meio ambiente é um ponto em geral bem avaliado.

Categorias mais problemáticas – As categorias mais problemáticas no Centro de Caruaru, segundo os respondentes, incluem segurança (mencionada por 50,99%), seguida de mobilidade (com 45,05%). A infraestrutura também é apontada como crítica (por 29,46% dos entrevistados) e questões relacionadas à sinalização (12,00%) e iluminação (8,29%) são vistas como áreas que necessitam de melhorias. Embora o comércio (2,85%) e o entretenimento (15,10%) sejam menos citados, eles ainda exigem atenção.

Insights – As atrações mais desejadas pelos respondentes no Centro de Caruaru incluem eventos culturais (mencionados por 39,48%), espaços para atividades ao ar livre (29,08%) e cafés e restaurantes (27,85%). Além disso, novas lojas de varejo (26,24%) e entretenimento noturno (20,54%) também estão entre as demandas. Livrarias aparecem com 16,34% de interesse. Os insights revelam que o foco em eventos culturais e na criação de espaços ao ar livre podem atrair um público mais diversificado. A ampliação da oferta gastronômica, bem como a inclusão de mais opções de entretenimento noturno e novos estabelecimentos de varejo, também podem agregar valor ao Centro da cidade, tornando-o um polo de atração tanto para turistas quanto para moradores locais.

Modernização – A maioria dos respondentes (57,62%) é favorável à modernização do Centro de Caruaru de forma gradual, enquanto 27,13% acreditam que essa modernização deve ocorrer urgentemente. Apenas 6,21% acham que o Centro está adequado e 1,06% preferem o Centro como está. Os dados indicam que há uma demanda expressiva por mudanças, com uma preferência por transformações graduais. Isso sugere que um plano de modernização bem estruturado e faseado possa atender às expectativas da maioria dos frequentadores, evitando mudanças abruptas.

Otimismo para Investimentos – Quanto aos comerciantes, apesar de se queixarem de baixo fluxo de consumidores em seus estabelecimentos (62,34% consideram ruim ou neutro), bem como pouco ou nenhum apoio da prefeitura em seus negócios (62,99% avaliaram como ruim/péssima), eles seguem otimistas quanto ao ambiente ser propício para o crescimento (60,39% consideram bom ou muito bom).

Parceiros – Josival Junior, diretor da Agência Buzz Lab e especialista em marketing, negócios e inovação, afirma que a pesquisa é um instrumento que pode contribuir muito para as estratégias de empresas varejistas e de serviços. “O sucesso de um negócio depende de um planejamento bem estruturado e a pesquisa fornece detalhes fundamentais para que os empresários possam investir no reposicionamento de suas marcas. Além disso, o levantamento aponta para questões que podem gerar novas possibilidades de negócios”.

Milton Santana, engenheiro, profissional de marketing e sócio-diretor da GNI – Gerar Negócios Inteligentes, entende que o levantamento fornece muitas informações para o poder público e entidades pensarem projetos de intervenções na área. “Quando se investe na reestruturação de uma cidade, pensando no bem-estar das pessoas, é imprescindível valer-se de tecnologias de inovação, a fim de promover desenvolvimento integrado que gere cidades mais inclusivas, humanas, seguras e vibrantes”.

Foto: Staff Comunicação

PUBLICIDADE