Economia e Negócios – Petrobras, corte de gastos e bitcoin em alta: o que o mercado está de olho hoje

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Nesta quinta-feira, com uma agenda doméstica relativamente fraca, os investidores estão atentos à possível substituição do presidente do conselho de administração da Petrobras, Pietro Mendes, que pode assumir a diretoria-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O nome de Mendes, indicado pelo Ministério de Minas e Energia (MME), está sob avaliação do governo. Caso ele saia, o economista Bruno Moretti, próximo ao ministro da Casa Civil, Rui Costa, é cotado para assumir o colegiado da estatal.
Ontem, as ações ordinárias da Petrobras recuaram 0,96%, enquanto os papéis preferenciais caíram 0,63%. Em Nova York, o ADR da companhia apresentava uma leve alta de 0,50%. O cenário de incertezas quanto à liderança da Petrobras mantém os investidores em alerta, influenciando o desempenho dos ativos da estatal.

O mercado também continua acompanhando os desdobramentos do pacote de corte de despesas públicas no Congresso Nacional. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, aprovou urgência para duas medidas – uma que modifica o arcabouço fiscal e outra que limita o crescimento dos gastos com benefícios continuados. A votação direta no plenário pode fazer com que essas medidas sejam aprovadas ainda neste ano, o que poderia melhorar a percepção sobre o risco fiscal do país.

Outro destaque no radar dos investidores é a disparada do bitcoin, que superou a marca de US$ 100 mil pela primeira vez, alcançando o patamar de US$ 102 mil. Esse movimento reforça o interesse em ativos digitais em meio à volatilidade dos mercados tradicionais.

No cenário internacional, os investidores aguardam a divulgação dos dados do “payroll” – principal indicador do nível de emprego nos Estados Unidos – prevista para amanhã. No mercado de commodities, o barril do petróleo Brent ganhava 0,65% e o WTI subia 0,61% refletindo um leve otimismo com a recuperação da demanda global. No mercado cambial, o dólar fechou a sessão de ontem em queda de 0,13%, cotado a R$ 6,0477, em um dia de desvalorização generalizada da moeda americana. O Ibovespa teve leve queda de 0,04%, encerrando aos 126.087 pontos.

Lá fora, o índice S&P 500 bateu um novo recorde de fechamento, impulsionado pelas declarações do presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, que afirmou que a força da economia americana permite que não haja pressa para cortar os juros, mantendo o cenário de expectativas otimistas para o crescimento econômico nos Estados Unidos.

Por Thiago Lira
Economista e especialista em Análise de Dados.

Foto: REUTERS/Sergio Moraes

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